A Paradressage

A Paradressage é uma disciplina de Equitação, adaptada a pessoas portadoras de uma deficiência física ou mental. É uma combinação de elegância, precisão, querer, poder e capaciade e é possivelmente, a mais glamorosa de todas as disciplinas Equestres.

Cavaleiro e cavalo executam uma série de movimentos/exercícios num picadeiro marcado, com harmonia e graciosidade. Existem três classes nas quais os cavaleiros de Paradressage podem competir:

- Individual – Cavalo e cavaleiro executam uma prova pré-definida.

- Equipa – Nações competem umas contra as outras, usando os seus melhores cavaleiros.

- Freestyle – Cavalo e cavaleiro executam uma coreografia criada individualmente pelo próprio participante, que inclui movimentos acompanhados por uma música.

As Provas de Equitação variam de acordo com o nível de capacidade do cavaleiro, nível esse determinado pela gravidade das suas incapacidades físicas ou visuais. 

Em Portugal a Paradressage está integrada na Federação Equestre Portuguesa (FEP) e na Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes (FPDD).

In, Linha desportiva - https://linha-desportiva.com/index.php?pg=14&spg=36

 

Cavaleiros de Paradressage e o processo de Classificação.

Os cavaleiros de Paradressage são como qualquer outro atleta de nível mundial. Praticam o seu desporto com dedicação e empenho, e têm muitas vezes de ultrapassar enormes obstáculos, tanto físicos como psicológicos, para competir contra os melhores no seu ramo.

Existem quatro Níveis, cada um com o seu próprio grupo de perfis de características físicas e visuais. A mobilidade, força, coordenação ou visão do atleta são avaliadas por um Classificador Federado de Equitação Adaptada com o fim de se criar o seu perfil de habilidade funcional. Este processo é conhecido como Classificação de Equitação Adaptada/Paradressage.

Pessoas com perfis de similar nível de habilidade funcional são agrupadas em quatro níveis de competição:

Nível Ia e Ib - Maioritariamente atletas utilizadores de uma cadeira de rodas com fraco equilíbrio do tronco e/ou incapacidade de funcionamento de todos os quatro membros (membros inferiores e superiores) ou nenhum equilíbrio do tronco e bom funcionamento dos membros superiores.

Nível II – Maioritariamente atletas utilizadores de uma cadeira de rodas ou com severas incapacidades físicas, envolvendo o tronco e com um médio ou bom funcionamento dos membros superiores, ou severa deficiência unilateral.

Nível III – Maioritariamente atletas capazes de andar sem suporte, com deficiência unilateral moderada, incapacidade moderada nos quatro membros (superiores e inferiores) ou severa incapacidade de braço(s). Podem requerer uma cadeira de rodas para distâncias longas ou devido à falta de forças/estamina/resistência. Perda total de visão em ambos os olhos.

Nível IV – Atletas com deficiências em um ou dois membros ou com algum nível de deficiência visual.

Quando necessários, os cavaleiros podem usar ajudas compensadoras, (se aprovadas pela Federação de Internacional Equitação Adaptada), tais como uma sela especial, rédeas adaptadas, bandas elásticas, dois sticks, etc. Estas ajudas podem ser utilizadas quando os atletas participam em provas de Equitação Adaptada ou em provas normais de Equitação.

A prova correspondente a cada nível é compatível com as habilidades funcionais dos respectivos atletas, sendo que existem provas diferentes, dependendo do nível do atleta em competição:

Nível Ia – Exercícios apenas a Passo.

Nível Ib – Exercícios a Passo e algum trote.

Nível II – Passo e alguns exercícios a trote mais complicados; galope médio em Freestyle.

Nível III – Passo, trote e galope médio.

Nível IV – Passo, trote, galope médio, incluindo trabalho lateral.

 

A Dressage

A Dressage pode ser praticada por qualquer cavalo, apesar de os mais bem sucedidos serem aqueles que demonstram naturalmente andaduras mais exuberantes, como é o caso do Lusitano. A Dressage é praticada mesmo por quem pretende seguir outra modalidade equestre. Isto acontece porque mesmo a um nível mais básico, a prática de Dressage torna a montada mais segura, uma vez que o cavalo se mostra mais obediente e mais voluntarioso e calmo (ou talvez será o cavaleiro que se torna mais preciso nos seus sinais). 

Apesar de ser praticada apenas na arena e os movimentos utilizados serem naturais para o cavalo, isso não implica que o esforço seja mínimo. Pelo contrário, o objectivo desta modalidade é desenvolver a força e o equilíbrio do cavalo e aperfeiçoar os movimentos que este executa.

Alguns movimentos mais importantes são:

Extensão: O cavalo alonga a extensão da passada, parecendo flutuar na arena. É sobretudo apreciada quando executada no trote.

Movimentos laterais: O cavalo geralmente encontra-se a andar para a frente e troca passando a andar para o lado.

Pirueta a Galope: O cavalo roda sobre o seu membro posterior interno, completando um círculo. Este movimento é extremamente complexo e de difícil execução.

Piaffer: O cavalo trota sem sair do lugar. Entre a troca dos membros, o cavalo deve elevar-se completamente do chão.

Passage: É um trote lento que o cavalo deve fazer em linha recta. O cavaleiro deve controlar a velocidade empregue pelo cavalo.

Provas:

Freestyle - Os cavaleiros compõem uma coreografia e escolhem uma música. Consoante os níveis alguns elementos são obrigatórios. A dança é avaliada pela sua expressão artística, mas também precisão técnica.

Pas de Deux e Quadrilles - Com movimentos sincronizados, o grupo de cavalos, (dois – Pas de Deux e quatro Quadrilles) executam a coreografia ensaiada.